sábado, setembro 18

Só mais uma ligação, e a fé que você põe para que tudo ocorra bem. Ele diz coisas maravilhosamente bonitas, até mesmo um olhar te faz pensar nele o dia inteiro. As horas passam, e você conta os minutos e os segundos esperando que realmente ocorra tudo bem. E fica pra lá e pra cá, de um canto ao outro, e a ansiedade aumenta, as mãos suam... A hora de ligar, pra falar e ouvir o que você tanto quer. Toca, toca, e ninguém atende. Mais uma vez, mais uma tentativa, porque afinal, tentar não é conseguir, mas todos os que conseguiram; um dia tentaram. E mais uma vez você se decepciona, por ter colocado tanta fé, e ter se frustrado tão fácil. Uma hora ou outra, ele não atende, ele não aparece, ele não tá nem aí. E eu fecho os olhos pra esquecer, pra sentir, o que a dor que de tão grande criou anestesia própria, mas eu deixo esse sentimento me corroer. Se existe dor, que eu a conheça. Que assim também eu possa sentir o verdadeiro efeito de se sentir sozinha, e então, no outro dia saber valorizar o abraço do melhor amigo. De me encostar em seu peito, e nunca mais querer saber de mais nada. Olho as paisagens da janela do ônibus, reflito sobre os momentos, penso; "quem diria que viver ia dá nisso?"




17/09/10 relatos de um momento. Laysa Crisley.

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