terça-feira, janeiro 18

Pela primeira vez me peguei pensando em coisas/pessoas que não pensam no próximo, que não enxergam o fato da ajuda, do compartilhamento, e acima dessas coisas conseguem ser absolutamente cruéis. Prefiro pensar que bondade é algo que deve ser plantado sempre em favor de coisas boas, óbvio. Pessoas que não pensam assim, não são dignos de algo bom, então, as vezes alguma falta de cuidado, falta de diálogo faz com que algumas pessoas mudem seus conceitos sobre nós. Por isso aquela velha frase "Só sabemos dá valor quando perdemos." Não percebemos o valor que algumas coisas possuem até nos fazer falta. Olhe ao redor, pense nas coisas que deveria fazer, que ainda não fez, pense no abraço que ainda não deu hoje, reveja seus conceitos sobre a palavra "amizade" e saiba distribuir de forma merecida. Sabendo referir a cada um que faz por onde se impor a esse círculo que chamamos de "amigos."


E.. não é a primeira impressão que fica, é a última.



Eu exponho meus sentimentos como numa vitrine, a espera de uma pessoa que aceite pagar o preço que nunca entra em liquidação. Mas quando vem alguém e quer me levar sem questionar a etiqueta absurda, eu só penso na futura devolução. Quero voltar pros vidros sujos, a exposição sem objetivos, ver todos os produtos indo embora e eu ficando mais uma vez. Esses rostos que me encaram, os olhos que brilham, as ilusões que se formam, as expectativas que eu deixo criarem, são minha vida. Depois disso só resta a rotina e o medo de estar perdendo a melhor parte.

Estou cansada dessa promoção de mim. Cansei de me entregar tanto e nunca me entregar por completo, de ser só a promessa, a vertigem e a decepção. E então esse cansaço que não sei se é dos outros ou de mim mesma.

Estou te mandando um aviso. Bilhete colado na porta da geladeira, telegrama, sinal de fogo, e-mail, não importa. Estou gritando seu nome na areia da praia, do alto da minha insanidade. Vem me salvar. Me leva embora. Prova que não é igual, que a compra não vai ter devolução no primeiro defeito, porque eu sou cheia deles. Me compra, me leva pra casa com tudo o que tem direito. Com medo, com mania, com falar demais e sentir de menos.

Por eu ser cheia de ter certeza de tudo, só quero alguém que me prove o contrário.
Vai ou não vai
Que eu vou ou não vou
Seja como for
Com você, sem você
Com você, sem você
A gente tem é que crescer.

domingo, janeiro 16

Você já sabe me conhece muito bem, e eu sou capaz de ir e vou muito mais além do que você imagina.. Eu não desisto, assim tão fácil meu amor. Das coisas que eu quero fazer e ainda não fiz, na vida tudo tem seu preço seu valor, e eu só quero dessa vida é ser feliz eu não abro mão... Nem por você, nem por ninguém. Eu me desfaço dos meus planos quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos.. 
Tem gente ainda me esperando pra contar as novidades que eu já canso de saber, eu sei também tem gente me enganando. Ah! Ah! Mas que bobagem! Já é tempo de crescer! Eu não abro mão... Nem por você nem por ninguém. Eu me desfaço dos meus planos, quero saber bem mais que os meus 20 e poucos anos..

terça-feira, janeiro 11

Luz antiga.

Queria consegui dizer o quanto eu sofri, e a falta de você me faz, diferente até de mim. Tentei fugir pra longe,  mas não saí daqui, estradas não faltavam faltava o combustível. Sozinho eu me confundo e dói, olhar e achar ruim pois tudo fica muito pior, sua voz eu preciso ouvir, tentei fugir, pra onde? De casa não saí, drogadas madrugadas sobravam, sobrava um vazio. Mas não vou mais deixar passar o tempo, sem sentir o que ele faz. Pra onde? Eu não sei. Se foi ontem, virá. Perto ou longe, onde esconde, vou pra onde ele estiver.

segunda-feira, janeiro 10

"Não vou aguentar a falta do teu cheiro no meu ar."


Você desvia os olhos, você sorri, você desconversa. Você ensaia.

É difícil confessar que perdemos, talvez esse seja o maior motivo de continuarmos insistindo. Ou, talvez seja pelo simples fato que esse alguém te dá motivos pra ficar. Te embrulha o estômago e te faz feliz sem nenhum esforço. Ali, no canto dele, daquele jeito que só ele tem, naquela forma de olhar, de se apegar, que talvez nem tenha tanto amor como eu, mas foi esse tal jeito que me surpreendeu e vem me consumindo até hoje. Quem sabe tudo isso esteja só servindo de aprendizado, fato ou não. Não quero outro alguém, não quero confessar que perdi, não é fraqueza, é amor... Amor? Repeti isso pela 3° vez. Não sei se as vidas possuem um destino direcionadas umas as outras, mas a minha vida, não se importa e não quer mais saber de ninguém, quem sabe seja erro meu em dizer isso. Você me satisfaz, é tanta a certeza que com você daria certo, se não ao menos já teria desistido. Fé, fé, muita fé. Uma vez, ouvi um cara dizer... que quem acredita sempre alcança!



“Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. Nem de eu ser assim e falar tudo na lata. Nem de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. Nem de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. Nem de eu ter ido dormir com dor na alma o fim de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim, tão agora.”

quinta-feira, janeiro 6

Adeus, meu amor, logo nos desconheceremos. Mudaremos os cabelos, amansaremos as feições, apagarei seus gostos e suas músicas. Vamos envelhecer pelas mãos. Não andarei segurando os bolsos de trás de suas calças. Tropeçarei sozinho em meus suspiros, procurando me equilibrar perto das paredes. Esquecerei suas taras, suas vontades, os segredos de família. Riscarei o nosso trajeto do mapa. Farei amizade com seus inimigos. Sua bolsa não se derramará sobre a cadeira. Não poderei me gabar da rapidez em abrir seu sutiã. Vou tirar a barba, falar mais baixo, fazer sinal da cruz ao passar por igrejas e cemitérios. Passarei em branco pelos aniversários de meus pais, já que sempre me avisava. O mar cobrirá o desenho das quadras no inverno. As pombas sentirão mais fome nas praças. Perderei a seqüência de sua manhã - você colocava os brincos por último. Meus dias serão mais curtos sem seus ouvidos. Não acharei minha esperança nas gavetas das meias. Seus dentes estarão mais colados, mais trincados, menos soltos pela língua. Ficarei com raiva de seu conformismo. Perderei o tempo de sua risada. A dor será uma amizade fiel e estranha. Não perceberei seus quilos a mais, seus quilos a menos, sua vontade de nadar na cama ao se espreguiçar. Vou cumprimentá-la com as sobrancelhas e não terei apetite para dizer coisa alguma. Não olharei para trás, para não prometer a volta. Não olharei para os lados, para não ameaçá-la com a dúvida. Adeus, meu amor, a vida não nos pretende eternos. Haverá a sensação de residir numa cidade extinta, de cuidar dos escombros para levantar a nova casa. Adeus, meu amor. Não faremos mais briga em supermercado, nem festa ao comprar um livro. Não puxaremos assunto com os garçons. Não receberemos elogios de estranhos sobre nossas afinidades. Não tocaremos os pés de madrugada. Não tocaremos os braços nos filmes. Não trocaremos de lado ao acordar. Não dividiremos o jornal em cadernos. Não olharemos as vitrines em busca de presentes. O celular permanecerá desligado. Nunca descobriremos ao certo o que nos impediu, quem desistiu primeiro, quem não teve paciência de compreender. Só os ossos têm paciência, meu amor, não a carne, com ânsias de se completar. Não encontrará vestígios de minha passagem no futuro. Abandonará de repente meu telefone. Na primeira recaída, procurará o número na agenda. Não estava em sua agenda. Não se anota amores na agenda. Na segunda recaída, perguntará o que faço aos conhecidos. As demais recaídas serão como soluços depois de tomar muita água. Adeus, meu amor. Terá filhos com outros homens. Terá insônia com outros homens. Desviará de assunto ao escutar meu nome. Adeus, meu amor.