sexta-feira, abril 22

É que cansam tantos erros, tantas frustrações, gente que se perde… E o tempo se arrasta, como se para me torturar. O tempo não é o sol nascer e se pôr – é o quanto as coisas mudam. Quando é para pior, ele retrocede; isso anda acontecendo tanto, não consigo controlar. Estava tudo tão bem, tão certinho e harmônico e de repente começou a desmanchar, derreter e fugir ao alcance das minhas mãos.
A idéia de que isso significa uma vida errada não me sai da cabeça. Só pode. Mesmo com tanta gente especial à minha volta, algo me diz que não é aqui que eu deveria estar – mas onde mais? eu me pergunto. Enquanto eu me debato nas parede dessa caixa de questionamentos, escura e apertada, não é que uma luz aparece? é o futuro me perguntando o que eu vou fazer dele. Peço-lhe para esperar: Ainda não é tua hora, resmungo, mas ele sabe: eu era muito diferente quando entrei aqui; eu o temia. Agora eu só não o abraço com toda a força porque ainda há muita gente que eu perdi nesse escuro, mas que vou encontrar, vou recuperar. E o tempo vai correr de novo.

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