Gonçalves.

Começando com o fato de sonho de criança, o que toda criança tem um dia. As vezes as pessoas acham que nasceram na época errada, que o amor está banalizado, está sim, a cada dia vai piorando mas isso não quer dizer que nunca foi assim. Quando éramos criança, há tempos atrás éramos inocentes demais pra saber dessas coisas, e crescemos idealizando a vida como um filme, como conto de fadas. Muitos quando amadurecem, procuram seu rumo, mudam de estilo de vida, e passam a viver aquilo que toda uma geração também vivencia.


Mas comigo não era assim, sabia que, iria além disso. Desejo? Sonho? Expectativas? Muitos, não gostava de pouca coisa, quando gostava de alguém, gostava pra valer, e tendo direito a tudo. Então, permaneci com meu sonho, sonho de um dia ter alguém do meu lado, alguem que eu pudesse confiar a vida inteira, que eu pudesse compartilhar os tantos momentos ideais de felicidade, de carinho, de afeto, e todos esses clichês.


Um apartamento, pra depois do casamento, uma varanda pra sentar á noite e conversar com esse alguém, um porta-retrato pra vermos nossa fotografia sempre ali, e ah, por favor 2 filhos, não importando a quantidade, mas que depois de muitos anos de casados, pudéssemos ter a alegria de ser Pai e Mãe. Um domingo a noite, com violão na praia, um final de semana reservado pra expor idéias, um dia na praia deserta, pra relaxar e esfriar a cabeça. Viagens, mas sempre com a saudade de voltar pra casa, querendo logo compartilhar nossa cama. Um beijo antes de dormir, acordar com saudade do seu abraço, te desejar bom dia, e que espera ansiosamente que volte logo do trabalho. De manhã cedo no sábado, quero o dia todo a seu lado, vendo meus filmes preferidos, te mostrando textos que fiz sobre nosso amor.


E, de noite, rir até a barriga doer, deitados na cama, tua camisa iria me servir de pijama, iriámos rir um do outro do quanto éramos tímidos, e falaríamos sobre o primeiro beijo. Desejando nunca ter o último. Depois de muita risada, dormiríamos agarrados, te encontrando até em sonhos.


Ah, iria querer também um cachorro, um cão lindo, fofo e cheio de carisma. Pra encher a casa de alegria, nos dias de aflição. Faríamos chocolate na sexta há noite, iria te sujar o nariz, e correr pela casa como uma criança boba. Pararia cansada, ofegante, olhando pra você e dizendo: (...) Eu te amo.

"...Por isso que chamo, Sr. Gonçalves, quando eu te vi, me faltou o ar. Não pude negar, de boa, não pude dizer não a batidas do meu coração. Não pude reverter uma situação, na qual seus olhos me colocaram. Não pude nem ao menos sentir algo ruim, desagradável, somente quando a saudade batia, ah, mas era tão, tão grande e ao mesmo tempo tão cansativo, a espera, mas se vale a pena tê-lo, vale a pena espera-lo. Eu sempre escrevi sobre isso, sempre sonhei com isso, e tudo que eu faço, penso em você, demais. Não quero nunca que isso acabe, mesmo que não seja mais recíproco. Quero sempre viver nesse mistério, nessa espera, nesse presente de Deus, que é amar você. Desde que seja infinito. Meu sorriso, é a maior prova, do bem que ele me faz."