quarta-feira, junho 1

Hoje em dia, as pessoas andam criando tanta coisa pra deixar a gente mais confortável, e pra nos agradar, então por que diabos ninguém inventou o segundo amor ainda? Ele sim resolveria tudo, ele, o terceiro amor, o quarto amor, o milésimo amor…Por que essa antiga história, que funciona com todo mundo, que primeiro amor a gente nunca esquece?
Se não esquece o que se faz então? Guarda na sexta gaveta da cômoda, lá embaixo das roupas pro suposto segundo amor não ver? Joga fora, mesmo sabendo que ele não vai sumir, mas sim, no máximo, ficar esquecido em um aterro? Bloqueia, do celular, do telefone, se muda de casa, não se permite nunca mais pensar, mesmo que no fundo, você saiba que se encontrar com ele na rua vai ser pior ainda, porque será um misto de “Ai meu Deus!” com “Quanto tempo! E ainda sinto essas malditas pernas tremerem.” Me diz, o que fazer?
Ficar com o segundo, quarto, décimo amor, e ser mediano a vida toda, sempre pensando o que seria do que não foi se tivesse sido, ou algo assim desses mil pensamentos embaralhados que só a gente mesmo entende. Ficar desejando que, por um milagre, seu amorzinho resolvesse sumir, para você sair sem culpa atrás de quem te balança. Pagar o preço de talvez se arrepender e arriscar, nossa, são muitas alternativas pra uma cabeça com sono, e lotada de ideias. Prefiro ficar por aqui, deprimente desejando que tudo acabe na próxima vez que eu abrir os olhos.

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